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Síndrome de bournout: o que é e como evitá-la na sua empresa

Resumo da redação   

A síndrome de bournout é um desgaste físico e emocional cuja causa está intimamente ligada aos desajustes entre uma pessoa […]

Síndrome de bournout: o que é e como evitá-la na sua empresa

05/02/21

A síndrome de bournout é um desgaste físico e emocional cuja causa está intimamente ligada aos desajustes entre uma pessoa e o seu trabalho.

Muito se fala sobre ela, mas também existem muitas dúvidas. Inclusive, você corre um grande risco de não saber diferenciar se seus colaboradores apresentam algum sinal da síndrome de bournout ou se são sintomas relacionados a estresse ou depressão, acertei?

Mas tenho que te falar: apesar de terem sintomas semelhantes, as três condições são tratadas e classificadas de maneira diferente pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

E saber que nem tudo é bournout é extremamente importante na gestão da sua empresa.

Continue lendo esse texto, porque vou te explicar isso.

O que é síndrome de bournout?

Numa tradução livre para o português, bournout significa “queimar até o fim”. É como se fosse uma vela, que simplesmente apaga por não ter mais pavio para queimar.

A síndrome de bournout é uma das consequências da nossa sociedade atual, que preza pela produtividade a qualquer custo, possui ritmos frenéticos de trabalho, cobranças por resultados, tensão emocional e estresse.

Como efeito colateral, vemos pessoas psíquica e fisicamente esgotadas, cínicas e apáticas em relação ao trabalho e com uma baixíssima satisfação profissional. Em resumo, essa é a síndrome de bournout.

É claro que não só a produtividade da pessoa no ambiente corporativo é afetada, mas também sua vida pessoal e social, já que a sensação de cansaço e estresse são constantes.

Na classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde – OMS, a condição entrou no capítulo de “problemas associados” ao emprego ou ao desemprego.

Quais as causas da síndrome de bournout?

Para a Organização Mundial da Saúde – OMS, a síndrome de bournout é resultado de um “estresse crônico no trabalho que não foi administrado com êxito”.

O que isso significa? A síndrome de bournout não é algo que acontece da noite para o dia ou após uma semana de trabalho estressante, mas um quadro que se desenvolve ao longo da vida profissional, a partir de uma rotina constante de estresse.

E, claro, não cuidada.

A síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais e jornalistas, por exemplo.

No entanto, além da pressão, outras causas podem estar relacionadas, como falta de gratificação, expectativas frustradas ou injustiças em relação a promoções, e até mesmo realizar atividades que vão contra os valores éticos.

A longo prazo, o colaborador pode entrar em colapso.

Qual a diferença entre a síndrome de bournout, a depressão e o estresse?

A síndrome de burnout é bem parecida com a depressão, já que ambas apresentam sintomas similares, e também pode ser confundida com estresse.

Justamente por essas semelhanças, a síndrome muitas vezes não é identificada corretamente.

É importante identificar essas diferenças, pois cada condição deve ser enfrentada e tratada de maneira distinta, principalmente quando estamos falando de relações trabalhistas.

Para te ajudar a entender, criamos esse quadro abaixo com as principais características dos três problemas:

Por que sua empresa precisa saber lidar com a síndrome de bournout?

Nesse texto, não fizemos uma lista completa dos sintomas, mas, se você leu com atenção, sabe que uma das principais consequências do esgotamento psíquico e físico é a baixa produtividade.

O desempenho do profissional diminui porque ele se sente exausto, apático e cético com relação ao trabalho, e isso é péssimo, tanto para o colaborador, que está sofrendo e pode ter receio de perder o emprego se não for trabalhar, como para a sua empresa, que está perdendo em produtividade.

O ponto é que, a longo prazo, o colaborador pode precisar se afastar do trabalho por um grande período de tempo ou até mesmo ser transferido de área.

Cada caso é um caso e deve ser investigado de maneira minuciosa por profissionais especializados, mas se ficar provado que a síndrome de bournout foi ocasionada somente pelo trabalho, o colaborador terá direito ao afastamento por acidente de trabalho, à estabilidade de 12 meses, após alta do INSS, e a empresa tem responsabilidade de arcar com todas as despesas médicas.

Portanto, é essencial que a sua empresa oriente seus colaboradores sobre a prevenção de doenças ocupacionais e crie ambientes saudáveis para evitá-las.

Como? Leia o próximo e último tópico.

Então, como evitar a síndrome de bournout na sua empresa?

Se você mantém um ambiente de trabalho adequado para os seus funcionários, com funções e uma cultura muito bem desenhada, responsabilidades compatíveis para cada função, carga horária apropriada, dificilmente os seus funcionários desenvolverão a síndrome.

Mas, vou deixar aqui 3 dicas, com o intuito de informar você e te ajudar a prevenir problemas desse tipo.

1. Melhore a satisfação dos seus colaboradores

Colaboradores satisfeitos trabalham de forma mais produtiva e têm menos propensão ao sentimento de apatia.

É claro que satisfação é um sentimento muito relativo, mas algumas práticas como pagar em dia um salário justo e sempre ouvir a opinião dos colaboradores são bem-vindas.

2. Aumente o engajamento

Todo mundo gosta de se sentir parte de algo e de interagir. 

Por isso, uma excelente dica é criar um ambiente onde seus colaboradores sintam que são um time e fazem parte de um grande projeto. E isso tem a ver também com espalhar a cultura da sua empresa entre eles.

3. Incentive a prática de exercícios

Já é consenso que a prática de exercícios libera no organismos os hormônios do prazer, como endorfina, serotonina e dopamina. Esses hormônios melhoram o humor e trazem a sensação de bem-estar.

Por isso, incentive seus colaboradores a praticarem exercícios, seja criando competições esportivas entre eles ou estabelecendo parcerias com academias da cidade, por exemplo.

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